Com muito
incentivo, vontade de superar desafios e crescer na vida, Ana Carolina Queiroz
Rodrigues, 24 anos, pode ser considerada uma referência para outras pessoas.
Ela é formada em apoio administrativo e tem uma habilidade sem igual para tocar
instrumentos musicais.
Ana Carolina
tem síndrome de down e desde os três meses de idade ela foi estimulada a ter
uma vida normal. Também contou com o apoio do médico geneticista Zan Mustacchi,
especialista na área. “Ela estudou em escola regular a partir de 1 ano e seis
meses e se formou no ensino médio em 2010. Além de trabalhar, ela faz teclado
com a professora Janete, faz canto, coral, piano e violão. Tem também
artesanato e natação”, contou a emotiva mãe, Rosana Queiroz. “Minha formatura
do ensino fundamental foi linda”, recordou Ana Carolina.
A professora e
psicopedagoga foi uma das principais incentivadoras da filha. “Por ter
frequentado educação infantil bem cedo, ela foi alfabetizada com 7 anos.
Aprendeu a ler e escrever normalmente.”
A partir do
acompanhamento médico, a família recebeu várias recomendações que ajudariam no
desenvolvimento de Ana Carolina para que ela vivesse uma vida comum a demais
pessoas. “O doutor Zan recomendou que tentássemos amenizar as dificuldades
emocionais durante a pré-adolescência. Surgiram muitas coisas nessa época”,
destacou a mãe.
MÚSICA PARA OS OUVIDOS E A VIDA
Vencida essa
fase, surgiu a tendência para se dedicar à música. De acordo estudiosos,
pessoas com síndrome de down tem grandes possibilidades no desenvolvimento com
a música em todos os aspectos: emocional, cognitivo, psicomotor, social e
cultural. Foi assim que Ana Carolina conheceu o mundo dos acordes e se
apaixonou.
“As pessoas
com síndrome de down precisam ter interação com seus pares, mas também com
qualquer pessoa que são ditas ‘normais’. Todos podem aprender com
naturalidade”, defendeu Rosana.
E mesmo com
preconceitos que surgem ao longo do caminho, o contato com o cotidiano nunca
foi privado a Ana Carolina. “Isso deu mais chances de construir o conhecimento
dela. Houve mediação dos profissionais de apoio especializados, terapias
específicas às suas necessidades, esporte, lazer e a educação musical”,
detalhou a mãe.
O que toda a
família ressaltou também nesse caminho de superação foi algo que somente é
possível a partir do amor. “É de suma importância para a aprendizagem e
inclusão social a participação familiar em tudo o que se faz”, contou.
Seguindo a
própria trajetória, Ana Carolina vive a vida. Trabalhando, relacionando-se com
a família e ainda cumprindo agenda de shows, como o que fez neste ano no
Shopping Norte Sul durante a semana da pessoa com necessidades especiais. “Eu
quero fazer faculdade de decoração, de festa de aniversários, de escolinha de
artes”, disse a jovem.
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